01 fevereiro 2016

Aos Pés do Mestre - ll Ausência de Desejos - 01/02/2016

  
Há muitas pessoas para quem a qualidade da Ausência de Desejos (abnegação, desapego) é difícil, por pensarem que os seus desejos são elas próprias – e que, se esses desejos peculiares, simpatias e antipatias lhes forem tirados, nada mais lhes restará . Essas, porém, são somente as que ainda não viram o Mestre; à luz de Sua Santa Presença, todo desejo sucumbe, exceto o de se assemelhar a Ele. No entanto, antes mesmo de teres a ventura de encontrá-lo  face a face, podes conquistar a ausência de desejo, se o quiseres. O discernimento já te demonstrou que as coisas que os homens mais desejam, tais como a riqueza e o poder, não merecem o trabalho de ser possuídas; quando isto realmente é sentido, e não apenas enunciado, cessa todo o desejo por elas.

Tudo isto é simples; necessitas apenas compreender. Há, porém, algumas pessoas que se recusama prosseguir em objetivos terrenos, somente no intuito de alcançar o céu, ou para atingir a libertação pessoal dos renascimentos. Não deves cair neste erRo.. Se te esqueceste completamente de ti mesmo, não te podes preocupar com a época da libertação do teu Ego ou com a espécie de céu que lhe caberá. Lembra-te que todo desejo egoísta é um liame e, por muito elevado que seja o seu objetivo, enquanto dele te não desembaraçares, não estarás completamente livre para te devotares à obra do Mestre.

Quando tiverem desaparecido todos os desejos pessoais, poderá ainda restar o de apreciares o resultado do teu trabalho. Se auxiliares alguém, quererás ver até que ponto o tens ajudado; talvez mesmo queiras que ele o reconheça também e se te mostre grato. Isto, porém, é ainda o desejo e também uma falta de confiança. Quando aplicares a tua energia em auxiliar alguém, há de advir daí um resultado, quer possas vê-lo quer não; se conheces a Lei, sabes que deve ser assim. Precisas, pois, fazer o bem por amor ao bem, e não com a esperança da recompensa. Trabalha por amor ao trabalho e não para ver o resultado; deves entregar-te ao serviço do mundo porque o amas e não podes deixar de fazê-lo.

Não desejes os poderes psíquicos; eles virão quando o Mestre achar que melhor te será possuí-los. Forçá-los muito cedo traz consigo muitas perturbações; freqüente- mente o seu possuidor é desencaminhado por falazes espíritos da natureza, ou então se torna vaidoso e se julga isento de cair em erro; em todo o caso, o tempo e a força necessários para adquiri-los poderiam ser gastos em trabalhar para os outros. Eles virão no decurso do teu desenvolvimento – porque devem vir; e se o Mestre entender que te será útil possuí-los mais cedo, te ensinará como desenvolvê-los com segurança. Até então, melhor será que os não possuas.

Deves precaver-te, também, contra certos pequenos desejos comuns na vida diária. Nunca desejes sobressair nem parecer instruído; não desejes falar. É bom falar pouco; melhor ainda é nada dizer, a não ser que estejas seguro de que o que pretendes dizer é verdadeiro, amável e útil. Antes de falar, pensa cuidadosamente se o que pre- tendes dizer preenche essas três qualidades; se assim não for, não o digas.

É bom que te habitues desde agora a refletir cuidadosamente antes de falar pois, quando alcançares a Iniciação, terás de vigiar cada palavra a fim de não dizeres o que não deve ser dito. Muitas das conversações ordinárias são desnecessárias e insensatas; e, quando chegam à maledicência, tornam-se perversas. Assim, acostuma-te antes a ouvir do que a falar; não emitas opinião senão quando diretamente solicitada. Um enunciado das qualidades requeridas é assim formado: saber, ousar, querer, calar , e a última das quatro é a mais difícil de todas.

Um desejo vulgar que deves severamente reprimir é o de te imiscuíres nos negócios de outrem. O que um homem faz, diz ou crê, não é de tua conta e precisas aprender a deixá-lo absolutamente entregue a si próprio. Ele tem pleno direito à liberdade de pensamento, palavra e ação, até ao ponto em que não interfira no que concerne a outrem. Tu próprio reclamas a liberdade de fazer o que julgas bom; deves outorgar a mesma liberdade aos outros e, quando a usarem, não tens o direito de te pronunciares a respeito.

Se julgas estar alguém fazendo o mal e encontras uma oportunidade de lho dizer em particular – e muito delicadamente – porque assim pensas, talvez consigas convencê-lo; porém, em muitos casos, isto mesmo não passaria de uma interferência indébita. De modo algum deverás murmurar com uma terceira pessoa sobre o assunto, pois isso seria uma ação extremamente má.

Se observares um caso de crueldade para com uma criança ou um animal, é teu dever intervir. Se vires alguém violando as leis do país, deves informar as autoridades.  (Naturalmente em casos manifestamente graves, como o da prática da crueldade, ou quando intimado a fazê-lo.) Se estiveres incumbido de instruir uma outra pessoa, pode tornar-se teu dever adverti-la suavemente de suas falhas. Exceto em tais casos, ocupa-te de teus próprios negócios e aprende a virtude do silêncio.


Aos pés cedo Mestre

por ALCIONE (J. KRISHNAMURTI)

30 janeiro 2016

Aos Pés do Meste - l Discernimento - 30/01/2016









AOS PÉS DO MESTRE 
por ALCIONE (J. KRISHNAMURTI)

PRÓLOGO
Como mais idosa, foi-me dado o privilégio de escrever algumas palavras de introdução  a este livrinho, o primeiro escrito por um irmão mais jovem – no corpo, mas não na alma. Os ensinamentos nele contidos lhe foram dados por seu Mestre ao prepará-lo para a Iniciação, e foram por ele escritos de memória, lenta e laboriosamente, pois o seu inglês no ano anterior era muito menos fluente do que hoje. É, na maior parte, a reprodução das próprias palavras do Mestre; e o que não é reprodução verbal, é o pensamento do Mestre vestido com as palavras do Discípulo. Duas frases omitidas foram restabelecidas pelo Mestre. Em dois outros casos uma palavra esquecida foi adicionada.

Afora isto, é inteiramente do próprio Alcione e a sua primeira dádiva ao mundo. Que ela ajude tanto aos outros, quanto a ele auxiliaram os ensinamentos orais, tal é a esperança com que nô-la dá. Porém, os ensinamentos só podem dar frutos se nós os vivermos, como Alcione os tem vivido desde que saíram dos lábios do Mestre. Se o exemplo for seguido tanto quanto o preceito, então abrir-se-á para o leitor, como aconteceu ao escritor, o grande Portal, e os seus pés trilharão a Senda.

AOS QUE BATEM...
Do irreal conduz-me ao Real. Das trevas conduz-me à Luz.
Da morte conduz-me à Imortalidade
** ** **

PREFÁCIO
Minhas não são estas palavras e sim do Mestre que me instruiu. Sem Ele nada poderia ter feito, porém, com o Seu auxílio, comecei a trilhar a Senda. Tu desejas também entrar na mesma Senda; por isso, as palavras que Ele me dirigiu te auxiliarão, se as obedeceres. Não basta dizer que são verdadeiras e belas; o homem que deseja obter êxito, necessita fazer exatamente o que lhe é ensinado. Olhar para o alimento e dizer que é bom, não satisfaz um faminto; é necessário estender a mão e comê-lo. Da mesma forma, não basta ouvir as palavras do Mestre; é preciso fazer o que Ele diz, atento à menor palavra, ao menor sinal, pois, se uma indicação não for segui- da, se uma palavra for desprezada, perdidas ficarão para sempre, porque o Mestre não fala duas vezes.
***
Annie Besant

Este será o primeiro de quatro artigos que irão ser postados aqui neste blogue ao longo da semana.

Quatro são as qualidades necessárias para a Senda:

I – Discernimento.
II – Ausência de desejos (Desapego, abnegação). 
III – Boa conduta.
IV – Amor.

DISCERNIMENTO
Aos Pés do Mestre

Tentarei dizer-te o que sobre cada uma delas o Mestre me ensinou.

I – DISCERNIMENTO

A primeira dessas qualidades é o Discernimento, vulgarmente tomado no senti- do daquela distinção entre o real e o irreal, que conduz o homem para a Senda. É isto; mas é muito mais ainda, e deve ser praticado, não somente no começo da Senda, porém a cada passo que nela diariamente se dá, até o fim. Entras para a Senda porque aprendeste que somente nela se podem encontrar as coisas dignas de aquisição. Os homens que não sabem, trabalham para adquirir a riqueza e o poder, porém estes bens são, quando muito, para uma vida somente e, portanto, irreais. Há coisas maiores do que essas – coisas reais e duradouras; quando as tiveres visto uma vez, não mais desejarás as outras.

Em todo o mundo há somente duas espécies de pessoas – as que sabem e as que não sabem – e o conhecimento é o que importa possuir. A religião de um homem, a raça a que pertence – não são coisas de importância; o que é realmente importante é o conhecimento – o conhecimento do Plano de Deus em relação aos homens. Pois Deus tem um plano e esse plano é a Evolução; quando o homem o tiver visto e, realmente, o conhecer, não poderá deixar de cooperar nele, unificando-se com ele, tal a sua glória e beleza. Assim, pelo fato de possuir o conhecimento, ele está ao lado de Deus, firme no bem e resistente ao mal, trabalhando pela evolução e não com fins pessoais.
Se está ao lado de Deus, é um dos nossos, não tendo a mínima importância que ele se diga hinduísta, budista, cristão ou maometano, ou que seja hindu, inglês, chinês ou russo. Aqueles que estão ao lado de Deus sabem por que aí se acham, sabem o que têm a fazer e tentam cumpri-lo; todos os demais não sabem ainda o que têm a fazer e, por isso, freqüentemente agem de modo insensato, imaginando caminhos para si próprios, os quais lhes parecem agradáveis, não compreendendo que todos são um e que, portanto, só aquilo que o Uno quer pode realmente ser agradável a todos. Seguem o irreal ao invés do Real. E, enquanto não aprendem a distinguir entre ambos, não se colocam ao lado de Deus – e eis porque o Discernimento é o primeiro passo a dar.

Todavia, mesmo depois de feita a escolha, deves lembrar-te de que no Real e no irreal há muitas variantes e o discernimento deve ainda ser exercido entre o bem e o mal, o importante e o não importante, o útil e o inútil, o verdadeiro e o falso, o egoísta e o desinteressado. Entre o bem e o mal não deveria ser difícil escolher, pois aqueles que desejam seguir o Mestre já se decidiram a seguir o bem a todo custo. Porém, o homem e o seu corpo são dois, e a vontade do homem nem sempre está de acordo com a do corpo. Quando o teu corpo desejar alguma coisas, pára e considera se tu és Deus e só queres o que Deus quer; necessitas, porém, penetrar fundo em ti mesmo, para em teu interior encontrares Deus e ouvir a Sua voz, que é a tua.

Não confundas os teus corpos contigo mesmo, nem o teu corpo físico, nem o astral, nem o mental. Cada um deles pretende ser o Ego, a fim de obter o que deseja. Precisas, porém, conhecê-los todos e conhecer-te a ti mesmo como seu possuidor.

Quando há um trabalho para fazer, é quando o corpo físico quer descansar, passeará, comer e beber; o homem que não sabe, diz a si mesmo: eu quero fazer estas coisas e preciso fazê-las. Porém, o homem que sabe diz: Quem quer não sou eu; portanto espere um pouco. Freqüentemente, quando há oportunidade de auxiliar alguém , o corpo insinua: Que aborrecimento isto me trará; deixemos que outro qualquer tome o meu lugar. Porém, o homem que sabe lhe replica: Tu não me im- pedirás de praticar uma boa ação.

O corpo é teu animal, o cavalo que montas. Deves, portanto, tratá-lo bem, cuidar bem dele, não o estafar, alimentá-lo convenientemente só com alimentos e bebidas puros, e mantê-lo perfeitamente limpo, sempre, sem o menor vestígio de impureza. Pois que, sem um corpo perfeitamente limpo e saudável, não podes efetuar a árdua tarefa da preparação, nem suportar-lhe os incessantes esforços. Deves, porém, ser sem- pre tu quem o domine, e não ele o que te domine a ti.

O corpo astral tem seus desejos – e os tem às dúzias; há de querer ver-te encolerizado, ouvir-te dizer palavras ásperas, que sintas ciúmes, que sejas ávido por dinheiRo, que invejes os bens alheios e cedas ao desânimo. Quererá todas essas coisas e muitas outras mais, não porque deseje prejudicar-te, mas por que lhe aprazem as vibrações violentas e gosta de mudá-las continuamente. Tu , porém, não desejas nenhuma destas coisas e, portanto, deves distinguir os teus desejos dos de teu corpo astral.

O teu corpo mental deseja manter-se orgulhosamente separado; quererá que penses muito em ti mesmo e pouco nos outros. Mesmo quando o tiverdes desviado das coisas mundanas, tentará ainda especular acerca de ti próprio, fazer-te pensar no teu próprio progresso, em lugar de o fazeres na obra do Mestre e em auxiliar os outros. Quando meditares, tentará fazer-te pensar nas diferentes coisas que ele quer, em vez da única de que necessitas. Não és esse corpo mental, mas dele dispões para o teu uso; assim, mesmo aqui, o discernimento é necessário. Deves vigiar incessantemente, sob pena de vires a falir.

Entre o bem e o mal, o Ocultismo não admite compromissos. Custe o que custar, deves fazer o bem e nunca o mal. Diga ou pense o ignorante o que quiser. Estuda profundamente as leis ocultas da Natureza e organiza a tua vida de acordo com elas, utilizando sempre a razão e o bom senso.

Deves discernir entre o que é importante e o que não é. Firme como uma rocha em tudo que concerne ao bem e ao mal, cede invariavelmente aos outros nas coisas de somenos importância. Pois deves ser sempre amável, bondoso, razoável e condescendente, deixando aos outros a mesma plena liberdade que para ti necessitas. Procura verificar o que vale a pena ser feito e lembra-te que as coisas não devem ser julgadas pela sua grandeza aparente. Uma pequena coisa de utilidade imediata à obra do Mestre merece muito mais ser feita, do que uma grande coisa que o mundo considera boa. Precisas distinguir não somente o útil do inútil, mas ainda o mais útil do menos útil. Alimentar os pobres é uma boa obra, nobre e útil; porém, alimentar- lhes as almas é ainda mais nobre e mais útil.
Por muito sábio que já sejas, muito terás ainda que aprender na Senda; tanto que nela mesma precisas discernir e meditar cuidadosamente o que deve ser aprendido. Todo o conhecimento é útil, e um dia o possuirás integralmente; enquanto, porém, só possuíres parte dele, cuida em que essa seja a mais útil. Deus tanto é Sabedoria como Amor; e quanto mais sábio fores, mais Ele se manifestará por teu intermédio. Estuda, pois, mas estuda em primeiro lugar o que mais te habilite a auxiliar aos outros. Trabalha pacientemente em teus estudos, não para que os homens te julguem sábio, nem mesmo para gozares a felicidade de ser sábio – mas por que o sábio pode ser sabiamente útil. Por muito que desejes prestar auxílio, enquanto fores ignorante, poderás fazer mais mal do que bem.

Precisas distinguir entre a verdade e a mentira; deves aprender a ser verdadeiro em tudo: no pensamento, na palavra e na ação. Primeiro no pensamento, e isto não é fácil, porque há no mundo muitos pensamentos falsos, muitas superstições insensatas e ninguém que a eles se escravize poderá progredir. Por conseguinte, não deves acolher um pensamento simplesmente porque muitas pessoas o acolhem, nem por ter merecido crédito durante séculos, nem por constar de algum livro que os homens julguem sagrado; deves pensar por ti mesmo sobre a questão, e por ti mesmo ajuizar se ela é razoável. Lembra-te que, embora um milhar de homens concorde sobre um assinto, se nada conhecerem a respeito, a sua opinião não tem valor. Aquele que quiser caminhar na Senda tem que aprender a pensar por si mesmo, pois a superstição é um dos maiores males do mundo e um dos empecilhos de que, por ti próprio, te deves libertar inteiramente.

O teu pensamento acerca dos outros deve ser verdadeiro; não penses a seu respeito aquilo que não saibas. Não suponhas que os outros estejam sempre pensando em ti. Se um homem faz alguma coisa que julgas poder prejudicar-te, ou diz algo que parece ser-te dirigido, não suponhas imediatamente: “ele pretende ofender-me”. O mais provável é que nunca pensasse em ti pois cada alma tem as suas próprias preocupações  e os seus pensamentos não giram, as mais das vezes, em torno senão de si própria. Se um homem te falar colericamente, não penses: “Ele me odeia e quer ferir- me”. Provavelmente, alguém ou alguma coisa o encolerizou e, acontecendo encontrar-te, voltou a sua cólera sobre ti. Procede insensatamente, pois toda a cólera é in- sensata, mas nem por isso deves pensar falsamente a seu respeito.

Quando te tornares discípulo do Mestre, poderás sempre averiguar a veracidade do teu pensamento cotejando-o com o Seu. Pois o discípulo é um com seu Mestre e basta-lhe fazer retroceder o seu pensamento até ao do Mestre, para verificar se ambos estão de acordo. Se não estiver, o pensamento do discípulo é errôneo e ele deve modificá-lo instantaneamente, pois o pensamento do Mestre é perfeito, visto que Ele tudo sabe. Aqueles que por Ele ainda não foram aceitos, não podem fazer isto perfeitamente; porém serão grandemente ajudados se freqüentemente se detiverem a perguntar: “Que pensaria o Mestre a este respeito? Que faria ou diria Ele em tais circunstâncias?” Pois nunca deves fazer, dizer ou pensar o que não possas imaginar que o Mestre faça, diga ou pense.

Deves também ser verdadeiro no falar, exato e sem exageros. Nunca atribuas más intenções a outrem; somente o seu Mestre lhe conhece os pensamentos e bem pode estar agindo por motivos que nunca penetrassem em tua mente. Se ouvires uma narrativa contra alguém, não a repitas; pode não ser verdadeira; e, ainda que o seja, é mais bondoso nada dizer. Pensa bem antes de falar, a fim de não caíres em inexatidões
 .
Sê verdadeiro na ação; nunca pretendas parecer senão aquilo que és, pois todo fingimento constitui um obstáculo à pura luz da verdade, que deve brilhar através de ti como a luz do Sol através de um vidro transparente.

Precisas discernir entre o egoísmo e o altruísmo, pois o egoísmo reveste muitas formas e, quando pensas tê-lo morto, finalmente numa delas, surge noutra tão forte como sempre. Porém, gradualmente, o pensamento de auxiliar aos outros te encherá de tal modo, que não haverá lugar nem tempo para pensares em ti mesmo.

De outra maneira, ainda deves utilizar o discernimento: aprende a distinguir a Deus que está em todos e em tudo, por pior que seja a sua aparência exterior. Podes ajudar teu irmão pelo que tens de comum com ele – a Vida Divina. Aprende a despertar nele essa Vida, aprende a invocá-la nele; assim o salvarás do mal.

Próximos artigos:
II – Ausência de desejos (Desapego, abnegação). 
III – Boa conduta.
IV – Amor.


Aos pés do Mestre
por ALCIONE (J. KRISHNAMURTI)