Psicografias do Centro Espirita de Lisboa, Brasil Líder Espiritual na Era de Aquário.
Mensagens de grande valor, cujo conteúdo, todas elas se referem
ao Brasil. São 12 mensagens emocionantes, grandiosas e profundas mensagens para o mundo. Estas
mensagens foram psicografadas em Portugal no centro espírita FRATERNIDADE em
Lisboa na década de 80. Este texto postará várias mensagens de
grandes personalidades da nação portuguesa.
Luís de Camões, Vasco da Gama, Fernando Bulhões, Pedro Álvares Cabral,
Gago Coutinho (Gualdim Pais), Fernão Lopes, Fernando Pessoa, Isabel de
Aragão, António de Oliveira Salazar, Eça de Queirós, D. João de Avis, D. Afonso Henriques
6ª mensagem
Fernão Lopes
Possam estas palavras fluir como o
mergulhar do mar e o sopro do vento, transportando o apelo futuro da glória
passada. Saúdo em vós, herdeiros da pátria portuguesa e das suas tradições, os
homens de todas as pátrias em expansão. Testemunhei, neste país, um passado
glorioso; possam agora as minhas palavras fazer nascer nos vossos corações a
saudade da glória por vir e das conquistas por fazer.
Noutros tempos, Portugal foi grande
na luta contra os infiéis detestados porque eram diferentes mas, também, porque
cobiçavam o nosso território; e foi grande em feitos guerreiros, e grande na
coragem perante adversários mais numerosos e aparentemente mais fortes. No
entanto, levou-os de vencida, e muito se falou disso em toda a parte, pois a
coragem do fraco, que derrota os fortes, e vence em si mesmo o medo, o desalento
e a falta de Fé, suscitará sempre admiração entre os homens.
Repetidas vezes meus irmãos, vimos
Portugal arremeter contra a adversidade nas suas mais diversas formas,
fazendo-se grande à custa de ideias arreigadas, coragem e energia espiritual. Foi
assim para derrotar os romanos, e Viriato teve nisso grande papel, ainda que
nada tivesse feito sem os lusitanos. Foi assim para firmar a independência e
expulsar os sarracenos, mas Afonso Henriques, e Afonso III e todos os outros,
nada fariam sozinhos. Foi assim para que o país continuasse nosso, mas nem Nuno
Álvares, nem João de Aviz, nem o Duque de Bragança fariam o que fizeram, se as
gentes não tivessem sentido em si o chamamento para a batalha. Foi ainda assim,
arremetendo contra o medo, impulsionados pelo ideal que, como as estrelas no
céu os guiava, que os Portugueses foram à Índia e ao Brasil.
Nenhum Adamastor os reteve, pois
eles tinham onde chegar. Contudo, meus irmãos, este país não teve ainda a
sabedoria da constância, e às suas glórias feitas de ímpeto, coragem, boa
inspiração dos governantes, e força espiritual, corresponderam épocas de
desventura e de fraqueza. Então, os traidores tiveram a sua tarefa. Apontá-los
seria contrário à caridade; contudo sabeis detetá-los facilmente: foram aqueles
que venderam, que desistiram, que negaram o espírito da nação, que ameaçaram-
desviá-la do seu rumo. Muitas vezes, os portugueses souberam assumir-se a si
próprios, e mesmo se alguns materializaram essa traição, ela já vivia nos
corações de muitos, que preferiram procurar a riqueza á custa de tudo e de
todos, a mostrar magnanimidade e espírito fraterno e construtivo, ou
prepotência escravizadora á verdadeira entre ajuda.
Fique como exemplo a ação nociva
que resultou uso, finalmente cobiçado e egoísta, curto de vistas, cego aos
efeitos, do ouro do Brasil ou das especiarias da índia. Nesse tempo, as
especiarias acabaram por embebedar a pátria; veio também a ser o chumbo que a
fez do seu baixar do seu pedestal. Assim, queridos irmãos, este país, que é a
barca, tem sofrido glórias e desaires, altos, ou, se preferirdes, variações
cíclicas, sempre desejáveis. O tipo de impulso a obedecia um impulso
completamente em com a época de peixes, produzia tais um espírito cristão, cristão forte, pro arroubos de energia espiritual, mas exdo-se no desejo do
povo, sempre impedindo na busca do ideal, mas sempre pronto naufragar quem se
rendesse à simples o dos desejos… olhai para o vosso estado atual, apre-no
passado e encontrai a semente do que já germina em vós: agora, já não cenos
para expulsar.
Também não há ouro e especiarias
para cobiçar, nem há mares a conhecer. Já ninguém tem o poder de, sem mais,
trair a pátria inteira. E os «castelhanos» não ameaçam integridades
territoriais. Mas olhai mais profundamente. Portugal é também uma pátria
espiritual, estreitamente unida, no Espírito, a todas as pátrias. Portugal, no
seu interior, também a pátria celeste, terra formosa, reino divino, uma Sião
face à Babel da nossa ignorância e da nossa desordem espiritual. Não esqueçais
isto, como Camões não esqueceu tais reminiscências nos seus poemas, ele, que
cantou como ninguém a Alma Portuguesa. Pois, irmãos, nós temos que conquistá-lo
no nosso coração, empedernido como antigas muralhas!
Nós temos que encontrar o ouro espiritual
que já pressentimos; nós temos que saborear as especiarias da mesa do Pai, no
reino espiritual onde estamos sem fronteiras; nós ternos que destruir os
traidores que vivem nos nossos pensamentos mesquinhos e comodistas, no nosso
egoísmo e na nossa indiferença pelo trabalho; nós temos, enfim, que defender a
integridade da Alma Portuguesa e afirmá-la contra tudo o que tente afogá-la ou
desviá-la do seu novo caminho de glória!
Este país não tem que lamentar o
passado, nem que deixar-se atraiçoar pelo atual estado de desalento e
improdutividade das suas gentes. Não podemos acreditar, em cânticos de fado
lamentoso, que só um D. Sebastião qualquer pode, em manhã de névoa, salvar um
povo indigno. A nossa glória vai ser grande, como nunca foi, porque este povo
vai crescer até à altura de, já sem oscilações ao sabor do desejo mas com firme
vontade e intelecto aceso, se conquistar a si próprio.
Nessa praça forte assim levada de
assalto, ele encontrará o verdadeiro tesouro, obscurecido no passado, que é a
Luz Crística. Erguendo a sua taça, plena dessa Luz, ofertará ao mundo, por
todos os meios ao seu dispor, a Energia vivida que já animou tantas vezes
outrora. Essa oferta, conjuntamente com a das taças repletas das almas de todas
as nações, trará a todos uma verdadeira abundância, e fará da Humanidade uma
só, vitoriosa contra o mal, e a doença em si própria, sob o comando do Cristo
que somente poderá comandar uma Humanidade digna!... Despeço-me humildemente,
como um grato observador destes acontecimentos que estão já a desencadear-se.
Fernão Lopes
7ª mensagem
Fernando Pessoa
«Deus quer, o homem sonha, a obra nasce».
Permiti, irmãos que nesta mensagem cite uma das frases daquela outra «Mensagem»
que se traduziu no único livro que publiquei durante a minha última encarnação.
Não o faço por imodéstia. Na verdade aquela, e muitas das frases que podeis encontrar
nesse livro foram escritas por inspiração superior, de que fui o instrumento
físico. Daí que, remetendo o mérito para aqueles que me inspiraram, não tenha
qualquer inibição em vos recomendar a leitura atenta daquele livro, procurando
nele o sentido profundo, profético e real que, frequentemente, tem escapado no
meio da infinidade de coisas sem sentido que sobre a minha obra tem sido ditas
por aqueles que tudo analisam mas nada sentem. Daí, também, que vos solicite
que me acompanheis no esmiuçamento daquela frase que consta, afinal dum poema
dominado pela figura do maior de todos os Portugueses, Infante Dom
Henrique.
«Deus quer…» Sim irmãos, Deus tem uma Vontade, um Plano para todo o Universo,
com todos os seus seres. Da vastidão incomensurável e da beleza inefável desse
Plano, não podemos nós, simples peregrinos no caminho de regresso à Casa do
Pai, fazer mais do que uma pequena e limitada ideia. Sabemos apenas que a
culminação desse Plano Cósmico, é a Alegria absoluta e a Perfeição total; e que
o Bem supremo que então reinará está muito além da nossa pobre
compreensão.
É para essa Glória final que todos os seres e todos os Universos (que também
são seres) evoluem. Na verdade, todos nós não somos mais do que um grande
exército subindo o Monte do Gólgota, abrindo caminho em luta contra as forças
involutivas em nós, até chegarmos ao topo, onde crucificada a nossa parte mais
baixa., na qual se aloja a raiz do mal, ressuscitaremos para a Glória da Vida
Eterna que é a nossa herança como Filhos de Deus. Então, percebemos que todas
as lutas, todas as separações, todas as barreiras entre os seres, são filhas do
mesmo pecado original.
Largando as armas com que nos ofendíamos, apertar-nos-emos todos num grande
abraço, cimentando pela Vida de Deus Uno e pelo Amor puro que é o anseio
profundo das nossas almas. Mas este Plano que Deus tem, esta Glória final que
Ele quer para todos nós, vai-se concretizando por etapas, através de Eras
sucessivas, cada uma trazendo mais avanços ao caminho que temos que percorrer.
Estamos agora no limiar de uma Nova Era potencialmente portadora de conquistas
ainda por fazer. E também para ela a Providência divina, expressão em que
incluímos não só mas também os Seres que servem, e tem uma Vontade e um Plano.
Uma vez e um Plano que são, é certo ser apenas uma célula daquele outro Plano
mais vasto de que falei; mas que nem por isso deixam de ser grandiosos e
sublimes. Temos agora que, avançar mais no Caminho da Luz e desenvolver e
aperfeiçoar certas qualidades.
Porque Deus quer… «...O homem sonha…». Sim irmãos, o homem sonha, lúcida e
profunda é que os arquétipos do Plano de Deus atinge sua compreensão. Pelo
estado da mente, podemos chamar de sonho, os homens abrem o seu ser à intuição
dos propósitos do Alto. As grandes coisas que são novas começam por surgir
timidamente, antes de se revelar ao mundo, nas almas daqueles que são como, de
sonhar com perspetivas mais elevadas, a mais nobre aspiração do ser humano,
razão por mais Luz, mais Verdade e conquistas nas realidades superiores que
distancia a primeira ponte entre os Planos do mundo dos homens. É na nossa alma
interior de nós, que os progressos começam a nascer, pois Cristo não estava
fazendo jogos florais mas proclamando uma Grande Verdade, quando contrapunha
aos que esperavam que o Reino de Deus viesse de fora para dentro, em vez de vir
do interior para o exterior: «O Reino de Deus está dentro de VÓS!».
Eis pois irmãos, que devemos mergulhar na profundidade das nossas almas, e por
intuição, por conquista de Amor, por contacto íntimo com a Realidade das
coisas, perceber um pouco do Plano que Deus tem para a Nova Era, a Nova Era que
já está presente no mundo quando o homem sonha… A obra nasce…». E depois
que sonhamos, irmãos, as nossas mentes começam a habituar-se cada vez mais às
deliciosas brisas das intuições que nos chegaram. Desses sonhos ou inspirações
tira das nossas mentes produtos para trabalharem e refletirem. E então, pode a
obra começar a nascer no mundo físico.
Nasce, quando as correntes psíquicas, que criámos ao pensar nessas novas
qualidades, e ao desejá-las começam a influenciar o ambiente psíquico, e
assumirem nas mentes, e nos sentimentos de outros irmãos. Nasce quando, pela
palavra, pela escrita, pelo exemplo, pela ação, damos aquilo que recebemos do
Alto, ensinando, mostrando a Luz e ajudando os outros irmãos a saber também
sonhar e a fazer desses sonhos obras visíveis. É assim que o progresso se tem
feito através das Idades.
Irmãos com quem comungo a filiação do mesmo Deus, que a todos dá a Vida, de que
sou companheiro na viagem que nos leva ponto que Cristo já nos propôs em dizer,
Sede perfeitos, como vosso Pai Celestial é feito», com quem sou solidário na
aspiração, e um mundo melhor, abri as vossas almas sonho da Nova Era, e ajudai
a edificá-la no Mundo! Abri os vossos braços ao Cristo que de novo ade vir!
Abri os vossos corações ás boas-novas que se aproximam dizendo: «Bendito o que
vem em Nome do Senhor»! Abri vossas mentes à Luz, saí para fora dos domínios do
sectarismo, e qualquer que seja a vossa escola do pensamento espiritualista
uni-vos no mesmo esforço, reconhecendo, e aproveitando as contribuições de
todas!
Trabalhai, aprendei, sonhai e ensinai, sem nunca desanimar, mesmo se não virdes
de imediato, resultados espetaculares, pois, conforme também escrevi, «tudo
vale a pena, se a alma é pequena»! Seja bendito o Mestre, que de novo com
Sua compaixão incomparável, vem trazer Luz às trevas, e encher as Taças dos que
buscam o elixir da Vida Eterna, com Ensinamento Sagrado! E sejam benditos os
que sonham com o que Deus quer, para que no edifício da Nova Era, nasça no
Mundo físico.
Fernando Pessoa
8ª mensagem
Isabel de Aragão
"Queridos
irmãos: Fala-vos a vossa serva Isabel que há tanto tempo acompanha o caminho
deste País (PORTUGAL); venho trazer-vos novas de coisas que estão para vir e
incitar-vos a nunca deixar de fazer o que puderdes para que tudo se passe em
ordem.
Esta
pátria, cujos reais fundamentos são já mais que milenários tem as condições
para se fazer novamente grande, desta vez em Luz e inspiração. Dela partirá o
anúncio formal ao mundo da vinda do Cristo, com toda uma hoste de Mestres de
anjos, e servidores para dar ao mundo um novo impulso as («Novas Escrituras»
estão já traduzidas nas principais línguas e espalhada por todo o Planeta).
Dela também queridos irmãos, partirá palavras de alegria e esperança a manter
perante tempos conturbados de desastres sociais, fomes, epidemias, catástrofes
naturais (parece que já estamos vivendo o princípio das dores).
Como
consequência do retomo das energias negativas acumuladas nos planos psíquicos,
como sejam os vícios, a ambição, a impiedade, o egoísmo, a desonestidade, a corrupção,
virá pois, um período de provação, que fará apurarem-se na prova do fogo as
novas ideias, a nova sociedade que ade substituir a velha que está a
desaparecer, almas novas herdarão o novo mundo redimido. Digo-vos, ciente do
que afirmo, que este país está já a começar a ter um papel crucial em tudo isto
que afirmo, nele residindo um escol de discípulos capazes de muito fazer e
muito saber. Alguns desconhecedores ainda das suas potencialidades estão entre
vós.
Aqui
em Portugal em fraterna comunhão com todo o planeta existe um grupo, que entre
dificuldades, incompreensão e solidão, tudo está a fazer, e tudo fará para que
quando o Cristo chegar ninguém possa dizer: eu não sabia, ou não me ensinaram a
conhece-lo, por isso falhei. Esse grupo avança já em terrenos que desconheceis.
Ele está ativo em níveis espirituais, e o punhado de irmãos nossos que o
constituem, encarnados fisicamente, lutam para realizar aquilo que antevê. Eles
sabem que com Cristo, a quem servem tudo é possível. Contudo sem vós, e sem a
vossa disposição, de em lugar de passivos, vos fizerdes ativos contribuidores
do Plano Divino que se realize, o país não desempenhará a parte que lhe
compete. Vós podeis e deveis interrogar-vos acerca da maneira como podereis
ajudar a manifestação dos desígnios Divinos. Não é digno que simplesmente
procureis provas e mais provas, que mendigueis o contributo dos Espíritos de
Luz para as vossas pequenas vidas, sem nada oferecerdes em troca. E o que
podeis oferecer?
Irmãos,
seria mais fácil explicar-vos o que não podeis oferecer. Vós podeis oferecer
sempre uma vontade diligente de aprender, e investigar sobre as realidades
espirituais; podeis também oferecer, na vida diária o vosso amor, a
disponibilidade perante os outros, e uma grande alegria de viver. Não é bom que
vos preocupeis apenas com as vossas mazelas corporais ou espirituais, pois
assim não se cultiva a liberdade do espírito, e a coragem de enfrentar os
desafios, a Luz da esperança renovada às vossas vidas; porque agora começa o
tempo de os homens trabalharem para outros reinos da natureza, outras evoluções
para todas as criaturas.
Agora
é-vos dito que podeis estar entre os primeiros a instituir uma nova maneira de
viver, num mundo renovado pela misericórdia de Deus e ação do Novo Cristo que
se aproxima do mundo dos homens. As simples preces devem tornar-se afirmações.
As vossas almas trazem em si a potencialidade que reanimada pela irradiação
energética do Cristo, e dos seus servidores abriria novos caminhos de serviço.
Deveis aprender a não pedir nada para vós próprios mas tudo para o bem da
Humanidade, e de todas as criaturas que estão com ela, incluindo os irmãos do
reino animal.
Deveis
aprender que a energia segue o pensamento, e que podemos já antever que os
pensamentos negativos de muitas gerações desencadearam as energias que agora
estão a produzir grandes provações, podemos também antever algo mais: que se
todos aprendermos desde já a usar a mente para produzir energia positiva
intencionalmente, muito poderá ser feito para aliviar a dor do mundo e para
começar a construir-se um mundo Novo."
Isabel de Aragão
Rainha Santa Isabel
9ª mensagem
Antonio de Oliveira Salazar
Maravilhoso,
porque Salazar se retrata com o povo Português
Irmãos, foi uma maravilhosa e extraordinária concessão, a autorização que me
foi dada para me dirigir a vós, neste ciclo de mensagens. Concessão
maravilhosa, porque a minha estatura espiritual não se assemelha nem de longe à
das insignes figuras que aqui têm vindo, deixar as suas palavras, os seus
testemunhos. Concessão extraordinária, porque ao contrário dos demais, não
virei ilustrar com os exemplos positivos de uma encarnação vivida no seio do
Povo Lusitano as palavras que lhes trago. Pelo contrário, é pelos exemplos
negativos daquilo que fiz, e alguns apontarei e que espero poder ser-vos útil.
Fui senhor absoluto dos destinos dos
portugueses durante quatro décadas. Ninguém deve, ninguém pode ser senhor
absoluto. A liberdade, o livre-arbítrio, são o dom mais sagrado que possui o
ser humano. Nem o próprio Criador levanta o mais pequeno obstáculo a esse
livre-arbítrio, porque é através dele que o Homem progride, evolui. Errando
hoje, seguro amanhã. Receoso hoje, determinado amanhã. Um conselho vos dou a
todos, sem exceção: Respeitai integral, e solenemente a liberdade de todos
quantos vos rodeiam, e convosco convivem.
Sede tolerantes para com os vossos filhos.
Sede bondosos para com os vossos pais. Respeitai, e honrai aqueles a quem
servis, para serdes respeitados, e honrados por aqueles que vos servem. Durante
quatro décadas impedi o progresso, e a modernização do meu país. Ninguém deve,
ninguém pode opor uma barreira ao Progresso. O medo da mudança é uma atitude
reacionária, e anti-natural. Tudo tem que mudar, tudo tem que progredir. Não
pode haver sociedades estáticas. É no dinamismo que se processa a evolução, e a
ascensão.
Colaborai ativa e voluntariosamente no
progresso, e na modernização da sociedade em que estais integrados. Abri as
portas às novas ideias, às novas tecnologias, aos novos processos. Se é verdade
que uma coisa não é necessariamente boa só por ser nova, também é verdade que
se fechássemos as portas à modernização, ainda viveríamos nas cavernas. Durante
quatro décadas impedi o meu País de aprofundar ligações com outros países,
tendo instituído o lema do «orgulhosamente sós».
Que monstruosidade! Afirmo-lhes que a
separatividade é o maior de todos os males. Ninguém deve, ninguém pode ficar
orgulhosamente só. É na união, na sã cooperação entre os Homens, entre os
Povos, entre as Nações, que se construirá a unidade planetária dos milénios
vindouros. E mesmo quando este planeta Terra for uma só Nação, nem então ficará
orgulhosamente isolado no Universo. Porque estarão já construído uniões mais
elevadas, com outros planetas, com outros sistemas, com outras galáxias.
Caminhando sempre para uniões cada vez mais elevadas até que toda a Criação se
reúna com o Criador. Durante quatro décadas defendi uma Ortodoxia Religiosa
Anquilosada e Retrógrada e persegui aqueles que professavam outras crenças…
Ah, como eu errei, Irmãos! Ninguém deve,
ninguém pode julgar ser detentor da verdade única sobre Deus. A casa do Senhor
tem muitas moradias. Tantas quantas as religiões, as doutrinas, as correntes de
pensamento. E todos os habitantes de todas as moradias são igualmente filhos de
Deus, e por conseguinte irmãos. Que me perdoem aqueles que professam hoje as
ideias que eu julgava professar então, mas na realidade, a moradia que eu
habitava era daquelas que mais necessitavam de um restauro, e de umas obras de
ampliação, principalmente das portas, e das janelas que são os meios pelos
quais se contacta com o exterior, e com os habitantes das outras moradias!
Respeitai, e abraçai o vosso irmão Budista,
o vosso irmão Hindú, o vosso irmão Muçulmano, o vosso irmão Teosofista, o vosso
irmão Rosacruciano, o vosso irmão Espiritualista de outra escola de pensamento.
Tomai deles a pureza de intenções. Rejeitai o sectarismo, o fanatismo a
separatividade religiosa. Amai o vosso próximo como Deus vos ama a vós, que não
conseguistes aprender este princípio durante os dois últimos milénios.
Durante quatro décadas eu fui um travão
para com o meu País, não cumpri a sua verdadeira maravilhosa, e elevada missão.
Mas porque Portugal está destinado a ser o traço de união entre os povos,
porque Portugal será um exemplo de liberdade, e de comunhão entre as gentes,
porque Portugal abraçará o progresso e a modernização, e sobretudo porque
Portugal abrirá as portas do Quinto Império, do Quinto Reino, e será o Espírito
Santo das nações, eu não podia deixar de cumprir aqui e agora, em quatro folhas
de papel manuscrito transmitidas, a quem é muito mais do que eu, aquilo que em
quatro décadas não cumpri. Que me perdoem os portugueses e o mundo, todos os
erros que cometi, e são escassos os que enumerei. O meu exemplo é aquele que
não se deve seguir. Porque não leva ao Cristo.
António de Oliveira Salazar
10ª mensagem
Eça de Queiroz
Meus irmãos,
Na minha última encarnação vivi,
como vós agora, em Portugal. Este país representa assim um denominador comum
entre mim e todos os habitantes da pequena pátria portuguesa. Pequena em
extensão, mas grande na sua alma no passado, presente e futuro. No passado foi
Portugal grandioso pela sua obra expansionista que contribuiu para a
aproximação dos povos, e foi grandioso também pelo esforço dos homens que
levaram a bom termo esta nobre missão. No presente é grandioso, porque embora
se encontre numa época menos próspera do ponto de vista terreno, nele existe um
grupo de homens, que apesar de lutarem com os mesmos problemas com que vós
lutais, se entregou devotadamente ao serviço redentor.
Na verdade, contribuem para tal da forma mais direta que humanamente é
possível, pois constituem um dos principais instrumentos do elevado Ser, que
irá abrir a porta da Nova Era que se aproxima. No futuro, Portugal será
grandioso porquanto a alma portuguesa unir-se-á à alma do Brasil centro vital
da era Aquariana. Assim, pelo seu passado, presente e futuro, foi, é, e será um
país particularmente servidor dos propósitos evolutivos de progresso e união.
Como Eça de Queirós, tive oportunidade de conhecer e refletir sobre a alma
portuguesa. Pude observar quão grandiosas são as suas potencialidades, mas
infelizmente quanto adormecida ela se encontrava. Não pretendo, neste momento
que é de júbilo, tecer críticas ou elogios não merecidos mas o Portugal, que eu
conheci há quase cem anos, encontra-se hoje pouco diferente.
Os propósitos de serviço de um povo devem, ser ativos e não passivos, grupais
e não individuais, altruístas e não egoístas, de amor e não de quezílias
mesquinhas, de união e não de separatividade, de perdão e não de vingança. Se
refletirem, vereis que não é de acordo com estes Princípios a quem ninguém
pode enganar, pois a si próprio se enganará, que embora no limiar do ano
dois mil, o homem tem pautado a sua vida. Os acontecimentos que já alguns de
vós (infelizmente poucos) pressentis como muito próximos vão alterar
profundamente a civilização dos últimos dois milénios. A evolução precisa de
todos: todos têm muito que dar para assim poderem receber. É preciso afastar
para sempre a errada forma de pensar, que só se dá quando se recebe (do ponto
de vista do mundo visível) porque, nos planos de Deus, quem der receberá
sempre, e voltando a servir, voltará a ser retribuído.
De outra forma poderia ter sido concebido, senão de acordo com a máxima
justiça, o mundo de Deus? Na sua morada habitam o amor, a compaixão e o perdão,
que não são mais do que partes integrantes da sua justiça. A sugestão que vos
dou, para que em conjunto possamos redimir o mundo, é a de que vivais de acordo
com as regras do Pai: segui-as e assim segui-lo-eis. Esta mensagem pretende
encorajar todos os que já lutam por um amanhã melhor; um amanhã de verdadeira
liberdade (de autêntica Libertação). Que ela sirva também de incentivo a todos
os nossos irmãos em quem ainda não despontou o desejo de servir no mundo
diferente que se aproxima, para que cedo reduzam às devidas proporções as
preocupações materiais e tomem plena consciência da sua real missão encarnada.
Eça de Queirós
11ª mensagem
D. João de Avis
Irmãos,
foi a minha comunicação selecionada para ser divulgada ao Mundo, nesta série
de doze, imediatamente antes daquela que vos trará o maior de todos os
Portugueses, a qual encerrará este ciclo de Mensagens: o Mestre Henrique. Esse
grande Ser que, como Rei Afonso Henriques, iniciou a autonomia e
individualização permanente do Povo Lusitano e que como Infante D. Henrique (a
quem tive a honra de servir como progenitor físico), iniciou a expansão
universal da Ideia Lusitana, instrumento privilegiado da exteriorização do
Quinto Reino, que se consubstanciará na fundação do Quinto Império, que
desponta já no horizonte.
No plano da manipulação das energias, encontram-se em afanoso trabalho, grupos
de Irmãos, encarnados e desencarnados que tanto em Portugal como no Brasil,
seguem rigorosamente as instruções cuidadosamente preparadas pelo Mestre
Henrique e sua plêiade de colaboradores e assessores. Muitos dos que colaboram
fazem-no sem conhecimento consciente ao nível da mente física mas é necessário
que a capacidade mediadora (em todos mais ou menos latente) seja devidamente
desenvolvida para que cada vez maior número de homens e mulheres possam dar o
seu contributo ativo e consciente para os trabalhos em curso, e para os que se
aproximam. Pegando na sugestão já feita pelo querido Irmão Gualdim Pais, venho
recomendar a todos que tentem essa maravilhosa e útil ferramenta de serviço e
mediação que é a psicografia.
Como já foi insistentemente solicitado ao Mundo pelo Irmão Diamantino Coelho
Fernandes (de cujas magníficas obras psicográficas recomendo a leitura seria
ótimo que, pelo menos uma pessoa em cada família, desenvolvesse o dom da
psicografia. Haveria então em cada núcleo familiar um elemento de ligação ao
Quinto Reino, o Espiritual, encarregado de retransmitir instruções e energias
oriundas deste.
Terminado que seja este ciclo de Mensagens, sobre as quais deveis profundamente
refletir e divulgar por todos os meios, nomeadamente através da aquisição, e
oferta do maior número possível de exemplares do livro que as conterá, e será
prontamente publicado, será divulgado um pequeno conciso, e prático «Manual do
Psicógrafo» esquematizando os passos essenciais da auto-aprendizagem da mediação
psicográfica. Até lá deveis simplesmente retirar-vos para um local sossegado,
abstrair-vos de preocupações mundanas, e após focalizardes a vossa atenção
mental nas zonas superiores da consciência, pronunciar com convicção
concentração a «Fórmula de Proteção», publicada como apêndice a esta Mensagem.
Depois, pousai a vossa caneta sobre uma folha de papel branco sem linhas e
esperai. Se a vossa propensão for ainda para a escrita automática, o vosso
braço começará a mover-se, e as palavras surgirão no papel sem que disso vos
apercebais. Se pelo contrário, a vossa propensão for para a escrita inspirada,
essas mesmas palavras e frases surgirão na vossa mente e passa-las-eis
conscientemente à linguagem escrita.
É essencial que afasteis completamente de vós as ideias egoístas, de carácter
pessoal, fazendo antes uma afirmação de intenção de serviço de carácter
universal, em prol da Humanidade globalmente entendida. Abstendo-vos de fazer
qualquer tipo de perguntas limitando-vos a ser recetores das instruções, que
para bem da Humanidade, o Quinto Reino haja por bem fazer transmitir através de
vós.
É inestimável o serviço que prestareis se acaso (e quando) tiverem sucesso as
vossas tentativas. Até ao pleno estabelecimento do Quinto Império, em que
encarnados e desencarnados se comunicarão direta e universalmente, porque
terão sido removidas as barreiras que (aparentemente) os separam, será pela via
da psicografia que as grandes comunicações, e contactos se farão.
Está para breve o regresso do Cristo. A Humanidade anseia pela Sua
manifestação, e pelo maravilhoso reencontro do rebanho com o seu Pastor.
Compenetrai-vos bem da importância desta afirmação, e crede que a concretização
de tal regresso depende em grande medida, da amplitude do apelo de todos nós a
esse regresso. Por isso foi compilada uma importante oração a «Invocação
Intermédia», publicada também no fim desta Mensagem, que deveis dizer com
ênfase e intenção, pelo menos três vezes ao dia: ao alvorecer, ao meio-dia e
antes de vos recolherdes. Foi-lhe chamada «Intermédia» por dois motivos
principais:
1. Porque é dirigida por vós, intermediários entre a Humanidade e o Cristo, a
ele Filho, que é intermediário entre vós e o Pai.
2. Porque é a oração intermédia entre todas as orações anteriores, e uma outra
a «Invocação Maior», que será divulgada ao Mundo na altura da manifestação do
Messias da Nova Era.
De todos vós é conhecido o poder da oração. A presente foi concebida pelos
Irmãos desencarnados, sob orientação superior, segundo uma fórmula
perfeitamente adequada à utilização por toda a Humanidade, tendo em vista a
consecução do melhor efeito magnético e vibratório conducente ao reaparecimento
do Cristo.
Quero endereçar um especial pedido a todos os Irmãos de Portugal e do Brasil:
Nos dias 13 de Maio, Agosto e Outubro estejam em sintonia vibratório com todos
os Discípulos da Sabedoria Oculta, e também com os crentes de todas as
religiões, nomeadamente com aqueles que se encontrarão reunidos em Fátima
orando por um futuro melhor, pronunciai a «Invocação Intermédia» 12 vezes, num
pungente apelo ao regresso do Cristo. Contai sempre com a colaboração deste
vosso irmão que espera ansiosamente pelo desenvolvimento das vossas capacidades
mediadoras e psicográficas, para também através de vós, fazer chegar ao Mundo a
certeza da vida eterna, e a esperança na redenção pelo Cristo em nós e
connosco.
D. João de Avis
INVOCAÇÃO
INTERMÉDIA
Ó Cristo, ó
nosso Irmão! Recolhe as emanações incipientes da nossa Vontade, dos nossos
Corações, da nossa atividade! Emanações que procuramos tornar mais perfeitas.
Cada dia, cada hora, cada minuto!
Elas contêm
um apelo ao teu rápido regresso e também uma promessa de colaboração Integral e
consciente Na Tua Obra, no Teu Plano, no Teu Amor, Que são para nós e connosco
devem contar. Por isso Te afirmamos que esconjuramos o Mal e que por Ti
esperamos para Te saudar em glória!. Estamos contigo, ó Santo! Estamos contigo,
ó Redentor! Estamos contigo, ó Cristo! Aleluia!
FÓRMULA DE
PROTEÇÃO
Ó Senhor da
Luz Universal! Permite que o Serviço mediador que me proponho fazer, Seja
cumprido sem interferências Oriundas de dentro ou de fora de mim!
Permite que
os nossos Irmãos caídos na Sombra Sejam mantidos fora do círculo Em que se
polariza a minha mediação!
Como penhor
das minhas intenções Prometo solenemente manter o anonimato Consciente que
estou Da minha função de mero instrumento Ao Serviço da Luz! Com a Luz EU SOU!
Na Luz EU SOU! De Luz EU SOU!
12ª mensagem
Afonso Henriques
As minhas palavras são de gratidão. Gratidão, em primeiro lugar, para as almas
ilustres que transmitiram as mensagens que esta antecede, irmãos que comigo
ajudaram a criar, e a engrandecer a bem-amada Pátria Lusitana, que trago ainda
no meu coração; que a ela vieram em épocas de crise para inverter o seu rumo,
em épocas de glória para aumentar o seu fulgor ou em épocas de trevas para
iluminar o Futuro. Eles vos trouxeram o perfume, a cor e o som das qualidades
grandes que todos têm mostrando-vos um pouco do radiante Futuro que se abre a
todos os homens. E faço questão de repetir as qualidades que todos têm porque
mesmo aquele que humildemente veio reconhecer os erros, e as faltas que teve na
última encarnação — e sem dúvida os teve igualmente teve e sobretudo tem
méritos, qualidades e virtudes. Gratidão, em segundo lugar, para o conjunto de
irmãos de que nos servimos para transmitir estas mensagens. Eles são um exemplo
de entrega e recetividade aos impulsos do Alto, exemplo esse que em todos
desejamos ver efetivado para que na grande messe do Senhor, não faltem os
trabalhadores que se fazem necessários à realização do Seu Plano de Amor, Luz e
Alegria.
Gratidão finalmente, para os destinatários destas mensagens, aqueles a quem
viemos servir para que, por sua vez, possam também eles servir cada vez mais e
melhor. Deus permita que estas palavras que vos estamos dirigindo toquem bem
fundo nas vossas almas, e encontrem tradução nas vossas condutas. Deus permita
que o sonho da Nova Era, cujas primícias vos oferecemos torne repleto o Cálice
do vosso Coração, e vos dê ânimo e vontade para serdes Guerreiros da Luz,
Combatentes ativos do Bem, Servidores consagrados do Plano de Deus e do Seu
Cristo. Deus permita enfim, que os portugueses e portuguesas dos nossos dias sejam
dignos dos seus Egrégios a vós, de alguns dos quais estais ouvindo a voz, e que
fazendo cada um a sua parte, permitam que se cumpra Portugal, na missão que lhe
foi indigitada na Nova Era que está nascendo.
A Pátria Portuguesa é como um Templo erguido pela Fé, pela Coragem, e pelo Amor
dos seus Grandes Sacerdotes. Tal Templo porém, está hoje ocupado por
vendilhões, por irmãos nossos, de várias crenças e quadrantes ideológicos, que
têm em comum nada terem percebido da Alma Portuguesa, e que por isso, aqui
fazem comércio de vícios, de baixezas, de ideias pervertidas, e de sentimentos
indignos. É preciso que, como o Cristo (que vai voltar em breve) fez em
Jerusalém há dois mil anos, os «expulseis», a eles os ignoras, os cegos, os
profanadores do Sagrado. Expulsai-os não por ódio, por violência ou por tolas
manifestações de instintos descontrolados; mas ofuscai-os com o brilho da Luz
que fordes capazes de receber do Alto. Fazei-o com Amor e Compaixão; mas também
com Coragem, Decisão e Vontade, pois ISTO TEM QUE SER FEITO!
Só quem sabe realmente pode ensinar. Só quem vê o Caminho, o Caminho de Deus, e
não os atalhos do mundo tem o direito de conduzir outros homens. Os Caminhos de
Deus levam à Ascensão, os atalhos do mundo levam à queda, à decadência e ao desastre!
Surpreendem-vos estas palavras? Julgai-las demasiado voluntariosas e ousadas?
Irmãos, esta é a época das palavras e das atitudes fortes! Não é tempo de
violinos e de harpas, de doces e ilusórios embalos na convicção de que tudo
está bem no mundo dos homens. Não irmãos! Este é o tempo dos sinos tocando a
rebate, chamando os Fiéis para o batalha! Este é o tempo das trombetas
anunciando o desfraldar das bandeiras dos Guerreiros da Luz! Esta é a hora de
reunir os exércitos do Senhor, pois a Vontade de Deus impõe que os castelos das
trevas têm de ser conquistados, e o mal a ignorância, o ódio, o pecado e a dor
varridos da Terra!
Mas como os conquistaremos? Eu vos digo, amados irmãos: com Sabedoria, com
Poder Espiritual, com Harmonia, com Ordem interior, com Misericórdia, com todas
as qualidades superiores e, sobretudo, com muito Amor! Este Amor, todavia, não
é o Amor passivo, e quase neutro dos preguiçosos. É o Amor forte, ativo,
voluntariosamente generoso, sabiamente distribuído, e superiormente iluminado.
É o Amor suficiente grande e transbordante para impedir que os lábios fiquem
calados, e as mãos paradas quando as verdades sublimes do Reino de Deus têm que
ser anunciadas, manifestadas, EVIDENCIADAS A TODOS!
Ai daqueles que se opõem ao Plano de Deus colaborando com as Trevas, pois
estarão adiando a hora do regresso ao Pai. Mas ai também daquele que, tendo a
possibilidade — logo a responsabilidade — de ser ativos no verdadeiro Serviço,
forem passivos, negligentes e preguiçosos! A estes se aplicam as palavras de
Cristo: «Quem não é por Mim é contra Mim!».
Não tenhais medo, porque os servos de Deus afirmam-se pela sua coragem. Vós
precisais de coragem para combater o mal, através da afirmação do bem. E quanto
a isto, ficai sabendo que o medo é egoísmo! Vós precisais de coragem
também, porque os próximos anos serão conturbados e plenos: de transformações,
algumas bem dolorosas. Mas. a dor não vem pela dor pois, passado esse Cabo das
Tormentas, vereis que ele era afinal o Cabo da Boas Esperança, para além do
qual se abre o caminho para o Reino de Deus…
Permiti agora que fale um pouco da Minha profunda ligação à Pátria Portuguesa,
e por favor, acompanhai-me na explicitação que ao mesmo tempo farei da
verdadeira História oculta de Portugal. Muito do que direi sobre essa História
felizmente, foi já intuído pelos dois maiores poetas portugueses (Pessoa e
Camões) e bem assim, por vários outros investigadores passados e
contemporâneos. A última palavra no entanto, ainda não foi dita nem tão pouco o
poderíamos fazer hoje.
Séculos atrás, no cumprimento de planos previamente acordados com o sublime
Mestre Jesus, encarnei como Afonso Henriques, com a incumbência premente de dar
nascimento físico, e objetivo à Pátria Portuguesa.
Estava essa nação de acordo com esses planos, destinada a desempenhar na
evolução planetária valiosas missões, aparentemente físicas mas realmente de
âmbito muito mais elevado, e que haveriam de servir de base à Nova Era de
Universalismo e Comunhão. Foi pois, com honra e alegria que aceitei ficar como
iniciador e representante perante o Alto dessa Pátria, então ainda por nascer
no mundo físico. Para com Ela colaborarem, desde logo se ofereceu um notável
número de almas de nobre estirpe, incluindo alguns Apóstolos de Jesus, alguns Cavaleiros
do Santo Graal, e vários santos, filósofos e artistas (naturalmente refiro-me a
passadas encarnações dessas almas).
Os sacrifícios (para mais na minha limitada, condição humana) que, como Afonso
Henriques, suportei são impossíveis de descrever. Mas, mais forte que todas as
provas dolorosas ou que todos os excessos de uma época de costumes violentos e
rudes, havia em mim uma voz que me impulsionava irresistivelmente, a tudo
suportar e a tudo vencer. Essa voz era a Vontade de Deus e do Plano dos Seus
Representantes. E o Reino de Portugal nasceu. Porque Deus quis!
Passaram-se os séculos, e o Reino que tinha fundado foi crescendo e ganhando
formas mais definidas e credíveis, graças aos esforços, à vontade, e à visão de
reis como Sancho I, Afonso II , Pedro, e sobretudo, Dinis (este com o
privilégio da companhia de sua grande esposa Isabel) e de vários outros homens.
Em Fernando, último rei da primeira dinastia, sussurravam já os propósitos de
ir mais longe mas o tempo não era ainda chegado…
Foi então que um punhado de homens grandes João de Aviz, Nuno Álvares Pereira,
João das Regras, Álvaro Pais… num exaltar de Coragem, e de Força
predestinadas despertaram as energias íntimas da Alma e do povo português, e
viraram um país a morrer num país revigorado e cheio de vontade de
crescer.
Deu-se nessa altura o casamento entre o rei D. João I e Filipa de Lencastre,
símbolo da ligação entre as Ilhas Britânicas e Portugal, fundamentada no Santo
Graal que lá se ocultou da profanação no início da Era de Peixes, e que aqui se
fará de novo visível nos alvores da Era de Aquário. E dessa união abençoada do
Alto, entre Calaaz (João), o esforçado Cavaleiro do Santo Graal e Guinevere
(Filipa), que havia sido a esposa do Rei Artur, sob o olhar de Lancelot (Nuno
Álvares Pereira), nasceram, nomeadamente, o Rei D. Duarte, hoje encarnado em
Portugal, na figura de um conhecido pintor, o infante D. Fernando, que esteve
mais recentemente no mundo físico como Fernando Pessoa (ele que tinha sido São
Bernardo) o Infante D. Pedro, no Presente fisicamente encarnado ao serviço do
Cristo, e que havia sido Uthor, o progenitor físico do Rei Artur, e eu próprio
que do mesmo Artur do Santo Graal havia sido o pai adoptivo.
A hora tinha chegado para que o mar já não separasse mas unisse, e a Terra
surgisse redonda " do azul profundo. E sob a égide da eterna demanda, e
transbordância do Santo Graal, a obra dos Descobrimentos haveria de começar,
para que os povos, as raças, as civilizações e as culturas se pudessem unir, e
para que o Homem não temesse o mundo externo. Nesse momento a Voz Interior de
novo falou em mim e pus-me à frente dos lusíadas, no impulso e no comando dessa
missão gigantesca, feita empresa nacional, pois tinha que ser cumprida! E menos
de um século depois, o rei D. Manuel colhia os frutos das naus que como D.
Dinis havia plantado, e dois outros Cavaleiros do Santo Graal, Gawain (Vasco da
Gama) e Parsifal (Pedro Alvares Cabral) chegava à índia e ao Brasil fazendo a
união das partes todas do mundo, de que o Graal também é símbolo. Esse
triângulo India, Portugal, Brasil viria, quinhentos anos depois, a colaborar
grandiosamente na obra mais bela que seres humanos já conceberam e talvez nunca
o sabereis!...
Entretanto, sempre movido pela vontade de bem fazer rapidamente, muito mais
rapidamente que a norma, havia eu reencarnado como Afonso de Albuquerque. E lá
nesse Oriente onde «nasce» o Sol, físico e espiritual, coloquei mais uma pedra
na Obra unindo as raças, assegurando e impulsionando o contacto entre os povos
do Oriente e do Ocidente. Os frutos dessa união ainda estão a ser colhidos!
Dois séculos mais tarde, Portugal não era já tão poderoso, mas a Obra feita à
custa da expansão da Alma Portuguesa, prosseguia ainda.
Havia que preparar o «solo» da Grande Fraternidade do Brasil, filho e irmão de
Portugal, e Terra Prometida do Terceiro Milénio. Na passagem do século XVII
para o século XVIII, de novo encarnado, em personagem desconhecida da História
profana (que vê os efeitos ou as causas próximas e não as causas reais (fiz sob
a direção da Grande Fraternidade Branca, a magnetização, e modelação do
ambiente psíquico das terras de Vera Cruz ajudando-as a prepararem-se para o
advento das correntes espiritualistas que hoje aí florescem: no solo preparado,
as colheitas são mais férteis!
Irmãos hoje ainda, mais uma vez, comando-vos à fundação dum Reino, o Reino de
Deus na Terra! Envio-vos a descobrir novos mundos, os mundos subtis das
realidades superiores e do Espírito! Incito-vos a unir os povos, as raças, as
civilizações, as culturas, não já do ponto de vista físico mas sim na Luz única
da Verdade Eterna, da Sabedoria de Deus! Conjuro-vos a preparar os caminhos que
Cristo percorrerá na Terra!
Falei-vos do Passado, do Presente e do Futuro. Neste ressalta a grandiosa, a
avassaladora, a sublime Boa-Nova de que Cristo em breve virá à Terra! Eis aqui
irmãos, algo porque vale a pena viver e lutar. Perante isto, tudo o resto, as
coisas corriqueiras mil vezes já ditas e feitas tornam-se ainda mais pequenas e
insignificantes. Erguei a vossa Espada de Luz, elevai os vossos corações e
lutai, lutai, lutai para que o Plano de Deus se cumpra!
No Coração de cada português vive essa ânsia que se chama Saudade. Nós vos
demos as primícias da Nova Era. Possam esses primeiros frutos despertar em vós
a saudade do Futuro próximo e fazer-vos deitar mãos à obra, para que a colheita
seja abundante! Que a Paz esteja convosco, para que haja guerra contra as
trevas! Que o Amor de Cristo una todos os que querem servir! Que a Luz do
Senhor Que vem ilumine toda a Pátria Portuguesa!
Vinde, Senhor Cristo!
Afonso Henriques
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