13 fevereiro 2012

A BORBOLETA NO CASULO


A transição planetária não será o fim do Mundo, mas sim o fim da nossa atual forma de viver. Estamos ultrapassando um ciclo evolutivo, e temos que estar preparados para o Novo Mundo que está para surgir. A transição pode ser bem representada pela metáfora da lagarta que termina seu ciclo evolutivo para entrar em seu casulo onde sofre uma alteração orgânica e se transforma na formosa borboleta.

Um dia, uma pequena abertura apareceu no casulo, e o homem sentou e observou a borboleta por várias horas, conforme ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco.
Então ela parou de fazer qualquer progresso. Parecia que ela já avançara o mais que podia, e não conseguia ir mais longe. O homem decidiu ajudar a borboleta: pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo.
A borboleta saiu facilmente, mas seu corpo estava murcho, era pequeno e tinha as asas amassadas. O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo que iria se afirmar com o tempo.
Mas nada aconteceu, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar. O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar não compreendia, era que o casulo apertado, e o esforço necessário a borboleta para passar através da pequena abertura, eram o modo com que Deus fazia com que o fluído do corpo da borboleta fosse para as suas asas tornando-a pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo...
Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida. Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, ele nos deixaria aleijados. Nós não seríamos tão fortes como poderíamos ter sido. Nós nunca poderíamos voar.
Eu pedi Força.... e Deus me deu Dificuldades para me fazer forte.
Eu pedi Sabedoria... e Deus me deu Problemas para resolver.
Eu pedi Prosperidade... e Deus me deu Cérebro e Músculos para trabalhar.
Eu pedi Coragem... e Deus me deu Perigo para superar.
Eu pedi Amor... e Deus me deu pessoas com Problemas para ajudar.
Eu pedi Favores... e Deus me deu oportunidades.
Eu não recebi nada que pedi... Mas eu recebi tudo de que precisava.

A BONDADE DIVINA



Meu amigo, se a dor lhe bate à porta, lembre-se dos benefícios de que é portador e não desfaleça.
A Bondade Divina não articula pensamentos para o mal.
A ferida que dilacera ou o desgosto que perturba, temporariamente, costuma encerrar incalculáveis recursos de elevação.
Tenha paciência e não esmoreça no bem.
Se a desorientação lhe entrava os passos, use a prece. A oração realiza milagres.
Se possível, reúna aqueles que você ama, dentro da mesma vibração de confiança no culto do Pai Celestial.
Se está doente e desalentado, peça a bênção do Senhor para o copo de água fria que lhe atende à sede, porque da Fonte Divina fluem substâncias de paz e restauração para quantos lhe pedem socorro ao sublime poder.
Se você permanece em desespero, não permita que a sua desventura culmine em gestos de suprema revolta.
Espere mais tempo, antes de qualquer resolução inapelável e injusta.
Amanhã, o dia renascerá transformado.
As circunstâncias se modificam, de minuto a minuto, e os reveses de agora serão alegrias no porvir.
Teça, com serenidade, a sua auréola de ventura porvindoura, aproveitando os ensinamentos que a dor lhe trouxe ao coração.
Não tema as dificuldades e prossiga com Jesus para a frente.
Busque a presença do Divino Amigo, em seus pensamentos e, na própria luta, encontrará infinitos motivos de reconforto e beleza, bom ânimo e paz.
Inicie o abençoado serviço da oração, hoje mesmo, e amanhã, provavelmente, você começará a rejubilar-se na colheita de luz.
Agar
Por: Francisco Cândido Xavier
Livro: Nosso Livro.

08 fevereiro 2012

Esse Incrível Amor










Dizem que é este arroubo que faz o coração disparar, o sangue fluir ao rosto, as pernas tremerem ante a visão do ser amado. Afirmam que amar é abraçar forte e, abraçados, assistirem o sol se aconchegar no poente, para adormecer até ser despertado pela manhã. Falam que o amor é este sentimento que emula o ser a escrever poemas, a declamar sonetos e compor serenatas...


Sim, tudo isto são expressões do amor. Do amor de um ser para o outro. Mãos que se entrelaçam, corpos que se aproximam, que se movimentam ao som da música que os embala. Abraços, beijos. Mas o amor verdadeiro é quando tudo isso persiste após anos de convivência.


Amar é sentir prazer de estar com o outro, ouvi-lo, acalentá-lo.

Nos dias tristes, o amor é a nota melódica que cantarola esperança em ouvidos atentos. É fazer uma declaração de amor, cantando versos, depois que as rugas fizeram arabescos na face e os cabelos se tingiram de neve e prata, ao toque dos delicados dedos do tempo. Amar é, depois de filhos crescidos, netos à vista, dançar à luz do luar, no jardim da casa, na varanda do apartamento, observados por um céu de estrelas.


Amar é surpreender o outro com uma flor, um mimo em data qualquer. É sair para tomar um suco, um só, no mesmo copo, com dois canudinhos. Só para poder encostar o nariz um no outro e os olhos sorrirem.


É repartir a pizza, para dividir as calorias. É tantas coisas pequenas, grandes, imensas...

É dizer: Deixe que eu faço.Você está tão cansada.

É buscar as crianças, banhá-las, dar-lhes o lanche e quando ele chegar, estar pronta para convidar: Vamos jantar só nós dois, em algum lugar?

É descobrir o que pode fazer o outro mais feliz. É preocupar-se com ele.

É comentar o novo penteado, elogiar a roupa nova.

É segurar a mão, no hospital, enquanto o ser amado convalesce.

É falar de esperança, acenando melhores dias, quando as sombras do desalento comparecem no céu familiar.

Amar é ter tempo para assistir juntos um filme, comentar depois e... assistir outra vez, para reviver as emoções positivas da primeira vez.

É lembrar do dia do aniversário, é surpreender.

Enfim, o amor verdadeiro é aquele que solidifica nos anos, amadurece no tempo e se perpetua pela vida afora.

Pense nisso e se pergunte se você ama de verdade.

Pense quando foi a última vez que fez uma declaração de amor, fez um elogio, deu um presente.

Quando foi a última vez que saiu para jantar, para dançar, para passear.

Quando foi a última vez que saíram de mãos dadas, que assistiram a um show de cabeças coladas uma à outra...

Pense.

E se descobrir que faz muito tempo, surpreenda seu amor ainda hoje.

Convide. Invente, mostre que em seu coração o sentimento sublime ainda vive forte, rijo, maravilhosamente presente.

Mas, faça isso, hoje.

Não estanque o gesto, nem perca a chance.

O amanhã poderá ser o momento que não chegue.


 Redação do Momento Espírita.

Disponível no CD Momento Espírita v. 12, ed. Fep.
Em 22.03.2010.