Pergunta - Salusa meu amado irmão, sinto-me
profundamente emocionada em poder comunicar com você pela primeira vez. Estou a passar por um momento muito
difícil na minha vida, que nunca imaginaria que iria passar. Como eu estava a preparar-me, através
de conhecimento e estudo, para a ascensão, sei que preciso estar em vibração
alta para isso. Mas na situação em que estou, está muito difícil. Faço orações,
imploro para que me mantenha em paz, equilíbrio constante. E é isso que também
está a deixar-me preocupada, como conseguirei manter-me em equilíbrio, vibração
alta, amor no coração com tanto sofrimento?
Ajude-me Salusa, o que devo fazer, o que posso fazer para poder encontrar essa paz e amor de volta ao meu coração, definitivamente? O que mais queria era poder ascender junto com meus irmãos, mas não sei, estou perdida. Pois como poderei ajudar meus irmãos se eu mesmo não consigo me ajudar? Com amor, ...
Querida, respondo em nome da coordenação Salusa. Quando Salusa não vem, logo será uma das duas situações, ou porque está ocupado ou porque a coordenação tem o elemento pronto a responder a determinadas questões com o auxílio das entidades divinas. Querida e amada irmã, creia que suas orações não serão em vão, mantenha a calma e quietude de espírito, tranquilize. Por vezes o ser humano inquieta-se porque não procura o ambiente apropriado á tranquilidade. A tranquilidade também passa pela nossa reforma íntima, higiene mental, (atitudes e pensamentos) isso engloba mudanças interiores, paralelamente acompanhadas com a elevação moral e espiritual de cada um. As mensagens que tem lido não lhe pedem para ajudar a outros, mas a prepararem-se a si mesmos para a elevação e evolução do vosso espírito do vosso EU. Apela á tomada de consciência de cada um. Sim, cada um na sua trajectória de evolução sentindo-se preparado, prestará auxilio sem que isso lhe seja exigido, essa entre – ajuda passa a ser automatizada pelo vosso ser. Amada não se torture, analise antes que o desespero tome conta da liberdade de se expressar e sentir.
Salusa recentemente mencionou numa mensagem as palavras de Jesus, quando este professava na Galileia.
-“Conhecerás a árvore pelos seus frutos”.
E disse também que a todos nós em breve seria dado “duas portas para escolher abrir."
Acrescentei como pergunta: a “Porta estreita ou a porta larga”? Ao qual Salusa respondeu... Sim, entendida a letra da parábola do evangelho... é a porta estreia e a porta larga.
Então
que porta é essa?
Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o
caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ela. Que estreita é
a porta, e que apertado o caminho que leva para a vida, e quão poucos são os que
acertam com ela!
Entendido á letra quer dizer: A porta da perdição é larga, porque as
más paixões são numerosas e o caminho do mal é o mais frequentado. A da
salvação é estreita porque o homem que deseja transpô-la deve fazer grandes
esforços para vencer as suas más tendências, e poucos se resignam a isso.
Completa-se a máxima: São muitos os chamados e poucos os escolhidos.
Esse é o estado actual da humanidade terrena, porque,
sendo a Terra um mundo de expiações, nela predomina o mal. Quando estiver
transformada, o caminho do bem será o mais frequentado. Devemos entender essas
palavras, portanto, em sentido relativo e não absoluto. Se esse tivesse de ser
o estado normal da humanidade, Deus teria voluntariamente condenado à perdição
a imensa maioria das criaturas, suposição inadmissível, desde que se reconheça
que Deus é todo justiça e todo bondade.
Mas quais as faltas de que esta humanidade seria culpada,
para merecer uma sorte tão triste, no presente e no futuro, se toda ela
estivesse na Terra e a alma não tivesse outras experiências? Por que tantas
escolhas semeadas no seu caminho? Por que essa porta tão estreita, que apenas a
um pequeno número é dado transpor, se a sorte da alma está definitivamente
fixada, após a morte?
É assim que, com a unicidade da existência, estamos
incessantemente em contradição com nós mesmos e com a justiça de Deus. Com a
anterioridade da alma e a pluralidade dos mundos, o horizonte se alarga,
iluminam se os pontos mais obscuros da fé, o presente e o futuro se mostram
solidários com o passado, e somente assim podemos compreender toda a
profundidade, toda a verdade e toda a sabedoria das máximas do Cristo.
“Tira-se àquele que nada tem, ou que tem pouco”. Tomai
isto como um ensino figurado. Deus não tira das suas criaturas o bem que se
dignou conceder-lhes. Homens cegos e surdos! Abri vossas inteligências e vossos
corações, procurai ver pelo espírito; compreendei com a alma; e não interpreteis
de maneira grosseiramente injusta as palavras daquele que fez resplandecer aos
vossos olhos a Justiça do Senhor! Não é Deus quem retira daquele que pouco
havia recebido, mas é o seu próprio Espírito que, pródigo e descuidado, não
sabe conservar o que tem, e aumentar, fecundando-a, a migalha que caiu no seu
coração.
O filho que
não cultiva o campo que o trabalho do pai conquistou, para deixar-lhe de
herança, vê esse campo cobrir-se de ervas daninhas. Será o seu pai quem lhe
tira as colheitas que ele não preparou? Se ele deixou a sementeira morrer nesse
campo, por falta de cuidado, deve acusar seu pai pela falta de produção? Não,
não! Em vez de acusar aquele que tudo lhe deu, como se lhe houvesse retomado os
bens, deve acusar-se a si mesmo, que é o verdadeiro responsável pela sua
miséria, e arrependido e activo, entregar-se corajosamente ao trabalho.
Que
arroteie o solo ingrato, com o esforço de sua própria vontade; que o lavre a
fundo, com a
ajuda do arrependimento e da esperança; que nele atire, confiante, a semente
que escolheu como boa entre as más; que o regue com o seu amor e a sua
caridade; e Deus, o Deus de Amor e Caridade, dará aquele que já tem. Então, ele
verá os seus esforços coroados de sucesso, e um grão a produzir cem, e outro,
mil. Coragem, trabalhadores! Tomai as vossas grades e charruas; arrotei os
vossos corações; arrancai deles o joio; semeai a boa semente que o Senhor vos
confia, e o orvalho do amor os fará produzir os frutos da caridade.
“Uma árvore boa não pode dar maus frutos, nem
uma árvore má dar bons frutos”. “Toda árvore que não der bons frutos será
cortada e lançada no fogo”.
Eis as
palavras do Mestre. Discípulos do Cristo, compreendei-as bem! Quais os frutos
que a árvore do Cristianismo deve dar, árvore possante, cujos ramos frondosos
cobrem com a sua sombra uma parte do mundo, mas ainda não abrigaram a todos os
que devem reunir-se em seu redor?
Os frutos da árvore da vida são frutos de
vida, de esperança e fé. O Cristianismo, como o vem fazendo desde muitos
séculos, prega sempre essas divinas virtudes, procurando distribuir os seus
frutos. Mas quão poucos os colhem! A árvore é sempre boa, mas os jardineiros
são maus. Quiseram moldá-la segundo as suas ideias, modelá-la de acordo com as
suas conveniências. Para isso a cortaram, diminuíram, mutilaram. Seus ramos
estéreis já não produzem maus frutos, pois nada mais produz. O viajante sedento
que se acolhe à sua sombra, procurando o fruto de esperança, que lhe deve dar
força e coragem, encontra apenas os ramos desajustados, pressagiando mau tempo.
É em vão que busca o fruto da vida na árvore da vida: as folhas tombam secas
aos pés. As mãos do homem tanto as trabalharam, que acabaram por crestá-las!
Abri, pois, vossos ouvidos e vossos corações, meus bem
amados! Cultivai esta árvore da vida, cujos frutos proporcionam a vida eterna.
Aquele que a plantou vos convida a cuidá-la com amor, que ainda a vereis dar
com abundância os seus frutos divinos. Deixai-a assim como o Cristo vo-la deu:
não a mutileis. Sua sombra imensa quer estender-se por todo o universo; não lhe
corte a ramagem. Seus frutos generosos caem em abundância, para alentar o viajante
cansado, que deseja chegar ao seu destino. Não os amontoeis, para guardá-los e
deixá-los apodrecer, sem servirem a ninguém.
“São muitos os chamados e poucos os
escolhidos”. É que há os açambarcadores do pão da vida, como os há do pão
material. Não vos coloqueis entre eles; a árvore que dá bons frutos deve
distribuí-los para todos. Ide, pois, procurar os necessitados; conduzi-os sob
as ramagens da árvore e partilhai com eles o abrigo que ela vos oferece. “Não
se colhem uvas dos espinheiros”. Meus irmãos, afastai-vos, pois, dos que vos
chamam para apontar os tropeços do caminho, e segui os que vos conduzem à
sombra da árvore da vida.
O divino Salvador, o justo por excelência, disse, e suas
palavras não passarão: “Os que me dizem Senhor, Senhor, nem todos entrarão no
Reino dos Céus, mas somente aqueles que fazem a vontade de meu Pai, que está
nos Céus”. Que o Senhor das bênçãos vos abençoe, que o Deus da luz vos ilumine;
que a árvore da vida vos faça com abundância a oferenda dos seus frutos! Credes
e orai!
Abraço amoroso de Mestre El Morya
Da coordenação Salusa (T. da Luz)
Palavras contidas no Evangelho Segundo o Espiritismo
Muitos os Chamados Poucos os Escolhidos
A Porta Estreita
Copyright © 2012-2013. Por Matéria Sublime e Sementes das Estrelas. Todos os direitos reservados. É dada permissão para copiar e distribuir este material contanto que o conteúdo seja transmitido integralmente e sem alteração, o autor seja creditado, seja distribuído gratuitamente, e esta nota de direitos e o link sejam incluídos.
2 comentários:
Que maravilha de postagem, grata ao Mestre El Morya que vem nos presentear com tão belo ensinamentos,belas elucidações à leitora, que serve para reflexão à muitos outros que estão na mesma situação, parabens a este blog que compartilha com inúmeras maravilhas conosco....bençãos de proteção da Luz para todos....abraços....JO
Querida Jo a dúvida de um leitor é a resposta á questão de muitos leitores. Um abraço amoroso.
Enviar um comentário